Tecnologia que mudou a produção de alho no Brasil completa 30 anos

Embrapa Hortaliças

2022 tem um sabor especial para o Programa de Melhoramento Genético de Alho da Embrapa Hortaliças (DF) - neste ano, a tecnologia que vem mudando o panorama da produção de alho no Brasil comemora os 30 anos de seu desenvolvimento. Os impactos devem, e outros produtos de limpeza pela produtividade que podem chegar a mais de 50%, alho-se o processo livre de vírus (ALV), baseado em um processo de limpeza para eliminação de vírus.

Para o pesquisador Francisco Vilela, que coordena o programa na Embrapa Hortaliças, selecionou a forte relação com a expansão do uso da tecnologia, aliada aos avanços nos sistemas de cultivo. “O aumento da mecanização, a modernização dos sistemas de melhoria de impacto, a melhoria da adequação e o manejo de adequação trouxeram uma melhoria da produção, mas derivam da introdução do alho-livre de vírus nas sabores”, assinalando o pesquisador.

Há 32 anos trabalhando com a cultura do alho, Vilela explica que as viroses sempre foram as principais doenças da cultura, afetando o vigor produtivo da planta. Segundo ele, são patógenos de difícil controle, já que os produtos químicos como os utilizados para controle de pragas e doenças do alho não têm efeito sobre as viroses. A importância da tecnologia de entrega importante do alho-semente livre de vírus para reforçar a cadeia produtiva em seu papel de agente de geração de emprego e renda no país.

Impactos

O produtor José Borges (mais conhecido por Valdez), do município baiano de Cristópolis, foi um dos primeiros a conhecer, nos idos de 2002/2003, a nova tecnologia “que mudou a sua vida”. Segundo ele, não é exagero afirmar que existem dois cenários: e depois da introdução do alho livre de vírus em sua propriedade:

“O impacto foi grande. A gente, a gente que com o alho não consegue mais 3,5 infectado com vírus. Não havia o conhecimento de que poderia ser diferente”. Ele conta que não há outra adoção da tecnologia do ALV da Embrapa, a produção ficou entre 9 e 10 toneladas, e hoje alcança 15/16 toneladas por hectare.

O saldo desse aumento da produção, aliado à qualidade do alho livre de vírus, refletindo na melhoria das condições financeiras do produtor. “Graças à rentabilidade que foi além das expectativas, posso afirmar que hoje proporciono à minha família uma qualidade de vida não sonhada tempos atrás”.

“Adotei a tecnologia que fez a diferença em nossa região, onde impera a agricultura familiar. Após a minha experiência exitosa, muitos produtores também apostaram no alho-semente livre de vírus e hoje multiplicam as sementes”, explica Valdez, que se considera um privilegiado por ter acreditado na tecnologia da Embrapa, apresentado pelo pesquisador Francisco Vilela, “a quem deve toda as conquistas a partir de então”.

Anapa

De acordo com levantamento brasileiro da Associação Nacional dos Produtores delho (Anapa), cerca de 18 mil hectares das lavouras são usadas ao cultivo do alho. Uma entidade estima que a cultura gera cerca de 300 mil empregos no País, número que vem crescendo 15% ao ano, graças às práticas modernas de cultivo, notadamente o uso da tecnologia do alho-semente livre de vírus.

Para Rafael Corsino, presidente da Anapa, o cultivo de alho-semente livre de vírus vem influenciando diretamente o patamar da produtividade: “Saímos de um patamar de 12 a 14 toneladas/hectare e chegamos a algo em torno de 20 a 25 toneladas/hectare com o o à tecnologia”.

Processo

A tecnologia do alho-semente livre de vírus elimina os vírus nos bulbilhos do alho por meio de técnicas de micropropagação em laboratório. Em seguida, as plantas são multiplicadas em vitro e estão sendo testadas para eliminar a eliminação dos vírus. As multiplicadas a partir desse processo são cultivadas em telados especiais à prova de insetos, como ácaros e pulgões, que transmitem vírus e outras doenças.

O procedimento assegura que as plantas do alho estarão sadias, assim como os bulbilhos como sementes. Além da produtividade, outro do impacto relacionado à adoção de ALV diz respeito ao aumento do valor comercial, em razão da consequentemente e do tamanho dos bulbos de qualidade, o que resulta numa maior relevância maior e, consequentemente, melhor.