Descubra como a alimentação e suplementos podem acelerar a cicatrização de lesões por pressão, ajudando na recuperação de pessoas acamadas de forma eficaz.
As lesões por pressão, também conhecidas como úlceras por pressão ou escaras, são feridas que se formam quando a pele e os tecidos subjacentes são danificados devido à pressão prolongada sobre uma área do corpo.
Essas lesões são mais comuns em pessoas que ficam imobilizadas por longos períodos, como pacientes acamados ou em cadeiras de rodas. A boa notícia é que a alimentação pode desempenhar um papel fundamental na aceleração da cicatrização dessas lesões, promovendo a regeneração celular e fortalecendo o sistema imunológico.
Se você ou alguém que você conhece está lidando com lesões por pressão, continue lendo para descobrir como uma dieta balanceada e a suplementação adequada podem ser aliados poderosos no processo de recuperação.
Lesões por pressão, ou úlceras por pressão, são feridas que surgem quando a pressão constante sobre a pele interrompe o fluxo sanguíneo em uma área específica do corpo. Isso ocorre com mais frequência em áreas onde os ossos são mais proeminentes, como cotovelos, calcanhares, quadris e nádegas. Além da pressão, outros fatores como fricção, umidade e má nutrição também contribuem para o desenvolvimento dessas feridas.
Essas lesões podem variar de grau, desde pequenas feridas superficiais até úlceras profundas que afetam os músculos e ossos. Quando não tratadas adequadamente, as lesões por pressão podem se tornar infectadas e aumentar o risco de complicações graves, como septicemia.
Pessoas que ficam imobilizadas por longos períodos, seja devido a uma condição médica, hospitalização ou deficiência de mobilidade, estão mais propensas a desenvolver esse tipo de lesão.
A recuperação de lesões por pressão exige mais do que apenas cuidados com a pele. É necessário um esforço integrado que envolva mudanças de posição frequentes, uso de curativos adequados e, principalmente, uma alimentação rica em nutrientes essenciais que favoreçam a cicatrização.
A nutrição desempenha um papel fundamental na recuperação de lesões por pressão, pois oferece os nutrientes necessários para a reparação celular, o fortalecimento do sistema imunológico e a promoção de um ambiente saudável para a cicatrização. Uma dieta rica em proteínas, vitaminas, minerais e líquidos ajuda a melhorar a integridade da pele, reduz a inflamação e acelera o processo de regeneração dos tecidos.
Quando a alimentação de um paciente não é suficiente ou não fornece os nutrientes necessários, a cicatrização pode ser comprometida, tornando-se mais lenta ou até mesmo impossível. Por isso, é essencial garantir que o paciente tenha uma dieta equilibrada que forneça todos os nutrientes necessários para a recuperação.
São o alicerce da regeneração celular e da reparação dos tecidos. Elas são essenciais para a síntese de colágeno, uma proteína estrutural que ajuda a formar os tecidos da pele e a acelerar o fechamento das feridas. Sem uma quantidade adequada de proteínas, o corpo não consegue reconstruir eficientemente os tecidos danificados, o que pode retardar o processo de cicatrização.
A ingestão de proteínas também ajuda na manutenção da massa muscular, que pode ser prejudicada em pacientes acamados por longos períodos. As fontes de proteínas de alta qualidade incluem carnes magras, peixes, ovos, leguminosas, leite e derivados. No entanto, quando a alimentação não é suficiente, a suplementação de proteínas pode ser uma excelente opção para garantir que o paciente receba o aporte necessário.
Além das proteínas, várias vitaminas e minerais desempenham papéis cruciais na cicatrização de lesões por pressão. A vitamina C, por exemplo, é fundamental para a produção de colágeno e a regeneração celular. Ela também atua como um antioxidante, ajudando a reduzir os danos causados por radicais livres e a prevenir infecções.
A vitamina A é essencial para o processo de regeneração da pele, enquanto o zinco contribui para a síntese de proteínas e o fortalecimento do sistema imunológico. O selênio, por sua vez, possui propriedades antioxidantes e ajuda a combater a inflamação, contribuindo para uma cicatrização mais rápida.
A hidratação adequada é um fator essencial para a cicatrização eficaz das lesões por pressão. A água desempenha um papel crucial na manutenção da elasticidade da pele e na circulação sanguínea, além de ser fundamental para a distribuição de nutrientes às células danificadas. A desidratação pode retardar a cicatrização e tornar a pele mais suscetível a danos.
Além disso, a hidratação ajuda a manter o equilíbrio de fluidos no corpo, o que é essencial para a regeneração dos tecidos e a prevenção de infecções. A recomendação geral é que os pacientes consumam, pelo menos, 2 litros de água por dia, embora essa quantidade possa variar dependendo das necessidades individuais.
Manter-se bem hidratado não só melhora a saúde geral do corpo, mas também favorece a elasticidade da pele, crucial para prevenir lesões por pressão. A hidratação adequada também garante o transporte eficiente dos nutrientes essenciais para os tecidos danificados, acelerando o processo de recuperação.
Além da água, sucos naturais e chás podem ser ótimas alternativas para garantir a ingestão de líquidos. No entanto, é importante evitar bebidas com alto teor de açúcar ou cafeína, que podem afetar negativamente a saúde geral e prejudicar o processo de cicatrização.
Uma dieta rica em alimentos que fornecem os nutrientes necessários pode acelerar a recuperação de lesões por pressão. Inclua na dieta alimentos como:
Além disso, a ingestão de proteínas de alta qualidade, como ovos, carne magra e leguminosas, é fundamental para promover a regeneração dos tecidos.
Em alguns casos, a alimentação sozinha pode não ser suficiente para garantir que o paciente receba todos os nutrientes necessários para uma cicatrização eficaz. Pacientes acamados ou com dificuldades alimentares, como falta de apetite ou dificuldades para mastigar e engolir, podem enfrentar desafios para consumir as quantidades adequadas de proteínas, vitaminas e minerais.
Nesses casos, é essencial seguir as orientações médicas, pois a suplementação deve ser usada de forma complementar à alimentação, e não como substituto. Um profissional de saúde pode indicar quando é necessário incluir suplementos nutricionais para garantir que o paciente tenha o aos nutrientes que podem estar em falta na dieta.
A suplementação nutricional entra como uma solução estratégica. Suplementos alimentares podem ajudar a garantir que o paciente tenha o aos nutrientes essenciais que podem estar em falta na alimentação diária. O suplemento alimentar Cubitan, por exemplo, é uma opção excelente, contendo proteínas, vitaminas e minerais essenciais que ajudam a acelerar a cicatrização das lesões por pressão. Ele oferece um alto valor nutricional e pode ser facilmente incluído na dieta de pacientes com dificuldades alimentares, ajudando na recuperação mais rápida e eficaz.
No entanto, é fundamental que a suplementação seja acompanhada pelo médico e nutricionista para garantir a adequação e a dosagem correta.
Além de uma alimentação adequada, algumas práticas essenciais podem acelerar a recuperação das lesões por pressão. A prevenção é chave, mas o tratamento adequado também é crucial.
Essas práticas, combinadas com uma alimentação equilibrada, são fundamentais para garantir uma cicatrização eficaz e acelerada das lesões por pressão. Lembre-se de que a prevenção e o cuidado adequado podem fazer toda a diferença na recuperação.
Referências:
OLIVEIRA, Karina Díaz Leyva de; HAACK, Adriana; FORTES, Renata Costa. Terapia nutricional na lesão por pressão: revisão sistemática. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v. 20, n. 4, p. 489-498, jul.-ago. 2017. DOI: 10.1590/1981-22562017020.160195.
PRESOTTO, Fernanda da Costa Pereira. Efeito da terapia nutricional em pacientes hospitalizados com lesão por pressão: uma revisão integrativa. 2024. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Medicina, Porto Alegre, 2024. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/274098.