A água do Rio Caracol transbordou e cobriu a pista, obrigando motoristas a desviarem por rotas alternativas; Defesa Civil atua no acolhimento de famílias afetadas
A BR-267, entre os municípios de Jardim e Porto Murtinho, foi totalmente interditada na tarde desta sexta-feira (18) após o transbordamento do Rio Caracol, nas proximidades da Fazenda Margarida. A força da água cobriu a pista e ultraou o nível da ponte no trecho, impossibilitando a agem de veículos e oferecendo risco aos motoristas.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou o bloqueio e informou que a medida foi adotada por segurança, visando prevenir acidentes diante das intensas chuvas que atingem a região. Imagens recebidas pela reportagem mostram automóveis parados nos dois sentidos da via, aguardando liberação. Em um dos vídeos, é possível ver a correnteza ando sobre a estrutura da ponte.
A única rota alternativa orientada pela PRF é o desvio por Caracol, utilizando a MS-384 em direção a Bela Vista. No entanto, moradores relatam que o trajeto também apresenta risco de bloqueio, já que o nível do rio naquela área segue subindo. “A única saída fica a 70 km, até Caracol, para depois seguir a Bela Vista. Com a água ando por cima da ponte, a situação piorou”, relatou o fotógrafo Toninho Ruiz, que está na região.
Por meio de nota, a PRF alertou os condutores para redobrarem a atenção durante o feriado prolongado, com recomendações como reduzir a velocidade, manter faróis baixos acesos, evitar freadas bruscas e manter maior distância entre os veículos. Equipes da corporação seguem no local controlando o tráfego.
Em Jardim, cidade mais afetada pela cheia e localizada a 439 quilômetros de Campo Grande, a previsão é de mais chuva ao longo desta sexta, com alívio à noite. Para o sábado (19), o tempo deve seguir instável, com possibilidade de pancadas à tarde e tempo firme à noite.
O prefeito Juliano Miranda (PSDB) informou que foi montado um grupo de trabalho com a participação de várias secretarias — como Obras, Assistência Social e Saúde — além da Defesa Civil Municipal, para atender a população impactada. “Estamos acolhendo as pessoas, abrigando algumas que não tinham para onde ir e não conseguiam permanecer em casa. Nosso foco inicial foi retirar todos que estavam em risco de vida, e agora estamos lidando com os danos provocados na cidade”, afirmou o prefeito.