A Justiça decretou a prisão preventiva do jovem de 22 anos flagrado dirigindo o Jeep Renegade pertencente ao ex-superintendente da Cultura, Roberto Figueiredo, encontrado morto em sua casa no bairro Altos do São Francisco, em Campo Grande. Um adolescente, que confessou o assassinato, também foi apreendido. Ambos devem responder por latrocínio (roubo seguido de morte).
Durante audiência de custódia neste domingo (15), o juiz Vinicius Pedrosa Santos decidiu pela manutenção da prisão do jovem, ressaltando o "potencial lesivo" da conduta e sua reincidência criminal. Segundo o magistrado, o acusado já respondia por outros crimes e estava em liberdade condicional, o que demonstraria falta de compromisso com as obrigações legais.
A defesa do jovem havia solicitado liberdade alegando bons antecedentes, vínculo familiar na cidade e exercício de ocupação lícita. Contudo, o histórico criminal do réu, que inclui agens por furto, roubo e violência doméstica, foi determinante para a decisão judicial.
Relato do jovem e confissão do adolescente
O jovem relatou que conheceu o adolescente na sexta-feira (13) em uma conveniência onde ingeriram bebidas alcoólicas. Durante a noite, o adolescente teria confessado o assassinato de Roberto Figueiredo, revelando que mantinha um relacionamento com a vítima e que, após uma discussão por dinheiro, cometeu o crime. Ele afirmou que o adolescente detalhou o roubo dos cartões de crédito, eletrônicos e outros objetos da vítima.
De acordo com a polícia, o adolescente havia planejado o crime por três meses. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que ele chega à residência, é recebido por Roberto, e sai cerca de 1h30 depois com os objetos roubados.
Fuga e prisão
Após dirigirem o veículo da vítima pela cidade, o grupo decidiu abandonar o Jeep ao ouvir no rádio a notícia do crime. O jovem, entretanto, recuperou o carro e continuou dirigindo, sendo abordado posteriormente pela polícia. Ele negou envolvimento direto no assassinato, mas itiu ter usado os cartões roubados para comprar bebidas.
Latrocínio confirmado:
Segundo a delegada Daniella Kades, a vítima lutou para se defender, chegando a desarmar o adolescente, mas foi morta a facadas. O adolescente roubou o que encontrou de valor e fugiu. A polícia investiga outros dois possíveis envolvidos no uso do dinheiro da vítima.
A decisão de manter a prisão preventiva reforça a gravidade do caso, que abalou Campo Grande. Os suspeitos responderão por latrocínio, enquanto as investigações continuam para identificar outros envolvidos no crime.
*Com informações do Midia Max